terça-feira, 18 de maio de 2010

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - BOMBA ATÔMICA

“Por bomba atômica, entende-se um artefato nuclear passível de utilização militar via meios aéreos (caças ou bombardeiros) ou lançamento por mísseis. Entretanto, mesmo neste sentido o termo bomba atômica mostra-se não muito adequado, pois bombas tradicionais lançadas por aviões ou mísseis também têm suas energias liberada a partir de átomos (pela eletrosfera durante as reações químicas), entretanto, mostrando-se o termo bomba nuclear certamente mais

adequado para se fazer referências aos artefatos no escopo deste artigo.”

“O arsenal nuclear é, hodiernamente, uma ‘moeda de troca’ ou uma poderosa "força de barganha" nas relações políticas entre as nações nestes tempos de comércio global. Tanto é assim que os países que possuem assento permanente no Conselho de Segurança da ONU são potências nucleares. Há muitos motivos para a não-proliferação das armas atômicas, mas o principal, certamente, não é o que tem por objetivo "o bem da humanidade" ou o anseio pela "paz eterna", isto porque a Paz (um mundo sem guerras) é contrária aos objetivos instituídos pela indústria bélica que emprega milhares de pessoas e lucra bilhões de dólares por ano. Os tratados de não-proliferação impostos aos países que ainda não fazem parte do "clube nuclear" é apenas um meio de mantê-los afastados de um dos melhores argumentos de convencimento no âmbito do ‘jogo político’.”

“A 6 de Agosto, a bomba atómica, "Little Boy", foi lançada sobre Hiroshima do B-29 "Enola Gay", matando, instantaneamente, 75 milhares de pessoas. Destaque-se que não havia quartéis, nem aeroportos militares, nem indústrias bélicas na cidade, cuja população era exclusivamente civil, composta por crianças, mulheres e idosos, uma vez que os homens jovens haviam sido recrutados para as forças armadas japonesas. Era também essa a condição de Nagasaki, a cidade sobre a qual, três dias depois, 9 de Agosto, foi lançada a segunda bomba, a "Fat Man", pelo B-29 "Bock's Car".”

O motivo apresentado ao mundo, como justificativa pelo ataque sem chance de defesa, foi a recusa do Imperador japonês de assinar a rendição incondicional e pôr fim à guerra. É certo afirmar, entretanto, que não mais havia possibilidades de o Japão, debilitado como estava, virar o ‘jogo’; não tardaria para que o país assinasse o documento e fosse, então, declarado oficialmente o fim do conflito.

Já em 1941, ainda longe do final da guerra, os EUA estabeleceram um programa secreto que ficou conhecido como ‘Projeto Manhattan’, dirigido pelo físico J. Robert Oppenheimer, cujo intuito era o de construir uma bomba atômica antes que a Alemanha nazista o fizesse. Depois da morte de Roosevelt em abril de 1945, Harry S. Truman tornou-se o presidente dos EUA e um forte defensor do programa de desenvolvimento da bomba. A essa altura, a nova arma tinha dois objetivos: primeiro, podia ser usada para forçar o Japão a render-se incondicionalmente (o que acabou se concretizando); segundo, a posse da bomba permitiria aos Estados Unidos, e não à URSS, o controle das políticas do pós-guerra.
A discussão acerca da decisão tomada pelos EUA, ao resolver realmente lançar as bombas em solo japonês, foi intensa. Até hoje as opiniões divergem, embora pouco possa ser feito. A radioatividade causada pela explosão ainda dificulta a recuperação da área, que sofre as conseqüências sem nada poder fazer.

É certo que muitos críticos da decisão censuram a perda de vidas humanas. Consideram que qualquer das alternativas teria sido preferível. Outros pensam que só a bomba, usada da forma como foi usada, poderia ter terminado a guerra. Acima de tudo, ambos concordam que tal salvou inúmeras vidas americanas, embora tenha acabado com milhares de vidas japonesas. A bomba também impediu a invasão do Japão pela URSS, dando aos EUA enorme influência no mundo pós-guerra. Um aviso aos soviéticos, prevendo o conflito ideológico que estava por vir?

O poeta brasileiro Vinícius de Moraes, comovido, e talvez indignado, com os ataques americanos, escreveu um poema que explica de maneira clara as conseqüências causadas pelo ataque desnecessário:

A rosa de Hiroshima – Vinícius de Moraes

Pensem nas crianças,
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas,
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres,
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas.
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa,
Da rosa de Hiroshima.
A rosa hereditária,
A rosa radioativa,
Estúpida e inválida;
A rosa com cirrose,
A anti-rosa atômica.
Sem cor, sem perfume,
Sem rosa sem nada.

CURIOSIDADE:

Composição da bomba nuclear:

- O urânio-235, quando bombardeado por nêutrons, sofre fissão nuclear, originando dois átomos radioativos;
- Cada átomo fissionado produz átomos fragmentados;
- Além dos 2 átomos-fragmentados, libertam-se 2 ou 3 nêutrons em cada fissão;
- Em cada fissão libera-se espantosa quantidade de energia, causando a explosão da bomba-atômica.


Alunas:

Taís Ghedin

Jessica Lima Elias

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